Doação da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa
Neste guia, pode consultar as doações efetuadas à Biblioteca, ordenadas por área temática.
Clique no título para aceder ao registo bibliográfico no catálogo e em para conhecer o conteúdo das obras.
Ciências Histórico-Jurídicas
Apontamentos para a História do ensino do Direito romano em Portugal : memória breve de 10 professores de Direito de Gonçalo Sampaio MelloO presente texto foi objecto de relatório apresentado pelo autor durante a parte escolar do Curso de Mestrado da Faculdade de Direito de Lisboa de 1984-1985 (disciplina de Direito Romano). Uma vez concluído, concorreu ao «Premio Romanistico Internazionale Gérard Boulvert», tendo sido seleccionado para o efeito por uma banca examinadora composta pelas individualidades seguintes: Luigi Labruna (Nápoles), Hans Ankum (Amsterdão), Luigi Capogrossi (Roma), Alessandro Corbino (Catanzaro), Henryk Kupiszewski (Varsóvia), Pierre Lévêque (Besançon), Dieter Norr (Mónaco), Peter Stein (Cambridge), Wolfgang Waldstein (Salzburgo), Michel Humbert (Paris), Lionel Ménager (Paris). Divulgado, sob forma policopiada, em 1991 e em 1997, conhece agora a sua primeira edição impressa. Tratando-se de um trabalho datado, carece de actualizações no que toca às fontes escritas e orais em que se apoia
História do direito português : aulas ao curso de 2021/2022 : I parte de Margarida SeixasEste livro contém o texto preparado para as aulas teóricas de História do Direito Português, no ano lectivo de 2021-2022, abrangendo um arco temporal com início no século XII e termo final no século XIX, correspondendo à I Parte do Programa, ficando os conteúdos em falta (de meados do século XIX à actualidade) reservados para uma II Parte, a publicar oportunamente. A natureza do texto – exclusivamente didáctica – justifica esta publicação parcial, com o objectivo de ser ainda útil para os alunos do presente ano lectivo. A orientação pedagógico-científica adoptada corresponde à que tem sido defendida na Escola da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa: ensinar História do Direito como disciplina formativa de juristas, com primazia da análise e interpretação textual, privilegiando o contacto com as fontes primárias disponíveis
Lições de história da justiça de Isabel GraesO texto que ora se publica resulta da apresentação do Projecto Científico e Pedagógico apresentado nos termos do disposto na alínea c) do capítulo X do Edital n.º 1120/2021, publicado na 2ª Série do Diário da República n.º 201, de 15 de Outubro de 2021; tendo constituído um dos requisitos exigidos para o preenchimento de um lugar de Professor Associado na área disciplinar de Ciências Histórico-Jurídicas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Com o propósito de servir como Lições de História da Justiça, unidade curricular ministrada aos cursos de Mestrado em Direito e Ciência Jurídica e de Doutoramento em Direito da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, foram desentranhados o Objecto e o Método, assim como o Programa detalhado e alguma da Bibliografia arrolada no referido trabalho, os quais passamos a dar à estampa
Cota: A05-1006
ISBN: 9789726298885
Data: 2023
Os Estados, os estrangeiros e o direito de hospitalidade na época moderna : um estudo de história do direito de Pedro Caridade FreitasOs primeiros 20 anos do século XXI presenciaram diversos conflitos mundiais, como a guerra do Afeganistão, a guerra do Iraque, a Primavera Árabe, as guerras na África subsariana, o conflito no Sudão e no Iémen, a guerra entre Rússia e a Ucrânia e, por fim, o conflito em solo palestiniano. Em todos estes conflitos há movimentos migratórios em massa, em especial para a Europa. Os Estados nem sempre querem ou podem receber os estrangeiros. O presente estudo parte desta realidade e analisa, numa perspetiva histórico-jurídica, o estatuto jurídico dos estrangeiros e a hospitalidade concedida pelos Estados no período de desenvolvimento do Estado moderno
Cota: A05-1019
ISBN: 9789726299509
Data: 2024
Ciências Jurídico-Económicas
Legislação básica de finanças públicas e direito financeiro de Guilherme Waldemar d'Oliveira Martins, Nazaré da Costa Cabral, João Estêvão Martins (org)Esta coletânea de legislação básica de finanças públicas e de direito financeiro destina-se aos estudantes das áreas jurídico-económicas da Licenciatura e do Mestrado da Faculdade de Direito de Lisboa. O livro em causa reúne a legislação mais importante para quem toma contacto com as matérias de direito financeiro público e orçamental, que se tem revelado de uma necessidade inquestionável, sem prejuízo da disponibilização eletrónica dos diplomas ser cada vez mais comum nos dias que correm. Por isso mesmo, os organizadores desta coletânea apenas coligiram e reuniram os diplomas que consideram essenciais e que são de consulta mais frequente
Cota: B03-931
ISBN: 978-972-629-753-6
Data: 2022
Regime das empresas de investimento de André Alfar Rodrigues (org.)No dia 1 de fevereiro de 2022, entrou em vigor o novo regime das empresas de investimento (Decreto- Lei n.º 109- H/2021, de 10 de dezembro) e transpôs três diretivas europeias relativas ao sector financeiro, tendo consequentemente alterado vários diplomas (incluindo o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e o Código dos Valores Mobiliários (“CVM”).
Os princípios norteadores do novo regime são, designadamente:
(i) O reforço de competitividade, do mercado e das empresas nacionais, através do alinhamento do regime nacional com o regime europeu, sendo adotada uma abordagem coerente e proporcional do quadro normativo nacional face ao quadro europeu, e
(ii) A simplificação, previsibilidade da respetiva aplicação, de forma a aumentar a certeza, adequação e proporcionalidade das regras aplicáveis, respondendo, de forma mais adequada, às características e especificidades das empresas de investimento, refletindo a natureza da atividade destas entidades e o respetivo papel no funcionamento do mercado.
Segundo o novo regime das empresas de investimento, deixam de existir as quatro categorias de empresas de investimento existentes, até à presente data, em Portugal, passando a haver uma categoria única de «empresa de investimento», com requisitos prudenciais que variam de acordo com um conjunto de fatores, dos quais se destacam as atividades e serviços de investimento que a empresa de investimento pretende prestar aos seus clientes, nos termos do artigo 290.º do Código dos Valores Mobiliários.
Mantém-se, no Regime das Empresas de Investimento (REI), o objeto exclusivo das empresas de investimento, pelo que as empresas de investimento apenas podem exercer atividades e serviços de investimento, e serviços auxiliares, previstos no artigo 290.º e 291.º do CVM
Empreitada de obras públicas : formação e execução do contrato de coord. Luís Verde de SousaA empreitada de obras públicas desempenha um papel absolutamente central no Direito Administrativo dos contratos. A sua riqueza e importância históricas, no direito português e em outros ordenamentos jurídicos nacionais, bem como no próprio direito europeu, fazem da empreitada de obras públicas a base do regime substantivo dos contratos administrativos e o ponto de partida da disciplina específica de outras figuras contratuais. Na presente obra, que constitui um “spin-off” da Revista de Direito Administrativo, encontramos diferentes estudos, que procuram refletir sobre questões de natureza prática, respeitantes a diversos aspetos do regime jurídico da formação e execução do contrato de empreitada de obras públicas
Lições de direito constitucional de José Melo AlexandrinoVol. 2: 2024. - 312 p. - ISBN 978-972-629-952-3
Cota: C01-4306/2C
ISBN: 9789726299523
Data: 2024
Tutela extrajudicial de direitos fundamentais de Carla Amado Gomes, Ana F. Neves (coord.)O presente livro resulta da Conferência subordinada ao título "Tutela extrajudicial de direitos fundamentais", organizada sob a égide do Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito de Lisboa, no dia 25 de novembro de 2021, no Salão Nobre da Ordem dos Advogados. O tema da conferência traduz uma das mais importantes questões que se colocam ao Direito público, a da tutela dos direitos das pessoas
O regime de responsabilidade civil extracontratual do estado e demais entidades públicas de Carla Amado Gomes, Ricardo Pedro e Tiago Serrão (coord.)A segunda edição desta obra está esgotada. Em face disso, a Coordenação resolveu promover a terceira edição, quase seis anos depois do lançamento deste livro, correspondendo ao interesse do mercado.
O regime aprovado pela Lei 67/2007, de 31 de janeiro (Regime da Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado e das demais Entidades Públicas, RRCEE) só sofreu, até agora, uma alteração (pela Lei 31/2008, de 17 de julho). Não é, portanto, por razões de atualização legislativa que se avança para a terceira edição, mas sobretudo para refrescar referências, doutrinais e jurisprudenciais, atualizando o estado da arte
Direito da contratação pública de Pedro Fernández SánchezVol. 1: 1030 p.
Vol. 2: 1317 p.
Resumo
A elaboração da 1.ª edição da presente obra foi finalizada em Setembro de 2019, procurando responder ao duplo objectivo de servir de suporte para a Unidade Curricular de Direito da Contratação Pública, leccionada na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, por um lado, e de auxiliar a actividade prática e as necessidades reais de todas as entidades adjudicantes e de todos os operadores económicos que participam em procedimentos de contratação pública, por outro lado. O extraordinário acolhimento que a obra, publicada no início de 2020, obteve junto da comunidade jurídica – que penhoradamente se agradece a todos os leitores – justificou o recurso a reimpressões que, porém, não impediram que voltasse a ficar novamente esgotada. Embora se planeasse uma nova reimpressão, era clara a crescente desactualização de diversas partes da obra após sucessivas revisões legislativas do Código dos Contratos Públicos (sobretudo as duas revisões de maior dimensão realizadas em 2021 e 2022), mas também à luz dos notáveis avanços doutrinários e jurisprudenciais, nacionais e internacionais, que o Direito da Contratação Pública veio a observar. Assim, procedeu- se a um esforço para a elaboração desta 2.ª edição revista e actualizada, que inclui um tratamento substantivo renovado de todos os temas que sofreram impactos significativos nos últimos cinco anos, esperando-se poder continuar a satisfazer as necessidades dos leitores a quem este estudo é dedicado
Cota: C02-2872/1A, C02-2872/1A
ISBN: 9789726299462
Data: 2024
Legislação de direito autárquico de org. Carla Amado Gomes, Tiago Serrão1. Volvidos mais de quatro anos desde a publicação da 1.ª edição da presente coletânea, dá-se à estampa uma 2.ª edição, com diversas modificações face à precedente. Para além da atualização de inúmeros diplomas, incorporaram-se alguns e retiraram-se outros, tendo em vista a disponibilização de uma coletânea abrangente e útil. Os diplomas de cariz financeiro foram suprimidos atento o dimensionamento ideal da coletânea e, ainda, por eventualmente justificarem uma publicação autónoma. Na organização dos diplomas que integram a coletânea, continuou a ser adotado o critério cronológico da data da publicação de base. 2. Expressa-se o nosso agradecimento à AAFDL Editora, bem como à ANAM – Associação Nacional de Assembleias Municipais e ao CVEL – Centro de Valorização de Eleitos Locais, por terem acedido ao convite que lhes foi dirigido para elaborarem uma nota de apresentação
O contrato de jogo, o contrato de aposta e o contrato de swap de taxas de juro de Hugo Luz dos SantosO contrato de jogo e aposta tem, hodiernamente, uma vincada importância económico-social. Depois de anos de aparente letargia jurídica, o contrato de jogo e o contrato de aposta conheceram uma inusitada actividade jurisprudencial através do contrato de swap de taxas de juro, em sede da qual aquele (o contrato de jogo e o contrato de aposta) foi a estrela polar da primeira fase da jurisprudência dos swaps. O contrato de jogo e o contrato de aposta não esgota, todavia, a sua alta aplicabilidade prática no mare magnum dos contratos de swap de taxas de juro. Pelo contrário. O contrato de jogo e o contrato de aposta estendem a sua importância sócio-económica a todos os quadrantes de uma comunidade sócio-cultural e jurídica. Isso é visível em qualquer casino do mundo. Tal realidade sócio-jurídica não é, por isso, reconduzível a um dado e limitado espectro normativo-jurídico. A importância sócio-económica do contrato de jogo e do contrato de aposta perpassa, quer os estratos sócio-económicos mais favorecidos, quer os menos desfavorecidos. Ricos, pobres, ou «remediados», todos «tentam a sua sorte» nos casinos. Esta transversalidade económico-social é, no fundo, auto-explicativa: todos os dias e em todo o espaço lusófono (de Macau a Portugal) celebram-se, formal ou informalmente, contratos de jogo e aposta. Além da sua visível importância económico-social, o contrato de jogo e aposta tem, igualmente, diversas implicações jurídico-sociais. Isso explica que o contrato de jogo e aposta surja na confluência de candentes questões sociais (como o jogo compulsivo e o jogo responsável, ainda muito incipientes do ponto de vista do tratamento doutrinário e jurisprudencial no espaço lusófono) e de intrincadas questões jurídicas (como o eventual dever de cuidado dos casinos em relação aos jogadores compulsivos; o dever de organização do casino tendente a evitar danos a terceiros, de entre os quais os jogadores compulsivos; ou o sentido profundo de certas soluções jurídicas como o disgorgement ou a faute lucrative, relativamente a prémios de jogo pagos a menores de 21 anos). Tentando acompanhar os ventos da actualidade jurídica que promanam da alta aplicabilidade do contrato de jogo e aposta, a presente monografia visa conferir um tratamento doutrinário a estas questões puramente contratuais no âmbito do direito do jogo2que têm sido muito negligenciadas no panorama académico lusófono. A referência ao panorama jurídico lusófono não é inocente nem desprovida de sentido. Preferiu conferir-se um tratamento doutrinal ao contrato de jogo e o contrato de aposta que abrangesse, do ponto de vista contratual, a realidade portuguesa e de Macau (onde, como se consabe, se situa o maior pólo de jogo a nível mundial), de modo a buscar-se um conjunto de soluções interpretativas4 susceptíveis de aplicação prática nos dois extremos do espaço lusófono. É essa hercúlea tarefa que abraçaremos nas páginas seguintes. A monografia que o estimado leitor tem perante si avoca dois objectivos primaciais: i) traçar um (inédito e inovador) laço de pertinência entre quatro hemisférios do saber jurídico (o Direito Civil, o Direito Administrativo, o Direito do Jogo e o Direito dos Valores Mobiliários), que se destina a surpreender um cimento agregador (um fio condutor que une e) que perpassa o escol de cada um desses (só aparentemente desconexos) ramos do saber jurídico; ii) demonstrar que os tempos brumosos em que cada hemisfério do saber jurídico se remetia ao seu intangível núcleo de privacidade temática pertencem, definitivamente, ao passado que já sofre de lonjura. Os diferentes (?) ramos do saber jurídico caminham inexoravelmente para a unidade (na diversidade) científica. Este será um dos contributos científicos a que esta obra se colima e que o desfiar de Cronos, certamente, desnudará
Direito da responsabilidade civil extracontratual administrativa : questões essenciais de Carla Amado Gomes, Ricardo PedroEste livro tem na sua génese uma intenção primordialmente pedagógica, mas não se destina apenas a estudantes – ou pelo menos a típicos estudantes. A decisão de o escrever resultou da constatação da ausência de um texto que elucide o prático e o estudioso, de forma sintética, sobre o sistema de responsabilização da função administrativa introduzido pela Lei 67/2007, de 31 de Dezembro, e em vigor há mais de uma década. O público alvo são, por isso, alunos – sobretudo de mestrado e doutoramento – e profissionais do Direito, mormente juspublicistas. Desde há mais de uma década que nos dedicamos, em dimensões diversas, a reflectir sobre os problemas que a responsabilização do Estado envolve quer promovendo eventos de exposição e debate, quer organizando um livro de comentários ao regime aprovado pela Lei 67/2007 (em conjunto com Tiago Serrão), quer escrevendo sobre aspectos mais ou menos particulares do sistema. Resolvemos agora juntar os nossos esforços em torno da construção de um texto que pretende contribuir para a teorização da responsabilidade da função administrativa a partir dos dados do regime em vigor, com uma visão simultaneamente sistemática e analítica e assumindo uma postura sintética, mas também reflexiva. O livro divide- se em seis capítulos: o Cap. I, introdutório, dedicado aos aspectos gerais (matriz constitucional, âmbito de aplicação, obrigação de indemnizar, prescrição e dever de regresso); o Cap. II, que se debruça sobre a responsabilidade por facto ilícito, percorrendo os cinco pressupostos clássicos e detendo- se em dois pontos problemáticos (as omissões e a perda de chance); o Cap. III, no qual se analisa a responsabilidade pelo risco (pressupostos e causas de redução e exclusão); o Cap. IV, no qual reflectimos sobre a ambígua figura da indemnização pelo sacrifício; o Cap. V, incidindo sobre causas de exclusão e redução e facto de terceiro; e, finalmente, o Cap. VI, que versa sobre alguns aspectos do contencioso administrativo da responsabilidade civil extracontratual do Estado, em particular sobre os pressupostos processuais das três acções que envolve – efectivação da responsabilidade; atribuição de indemnização pelo sacrifício; e acções de regresso. No final de cada capítulo, indica- se alguma jurisprudência particularmente relevante para os temas analisados, preferencialmente recente. O livro conta ainda com uma selecção de obras dedicadas ao tema da responsabilidade por facto da função administrativa, na qual pretendemos recensear as principais referências da doutrina nacional e algumas referências doutrinais dos ordenamentos jurídicos que nos são mais próximos, em matriz ou em influência comparada. Agradecemos à AAFDL a disponibilidade de publicação de mais uma obra de Direito público e esperamos agora que este livro faça o seu caminho junto dos leitores
Reflexões sobre os fundamentos da modificação dos contratos administrativos em tempos de crise de Miguel Bettencourt da CamaraEste trabalho cruza o fundamento e o regime do dever de indemnizar com a vontade de modificar o contrato administrativo para melhor prossecução do interesse público ou, numa outra perspectiva, a modificação como resultado da necessidade de repor o normal equilíbrio do contrato posto em causa por uma anterior e radical alteração das circunstâncias. Abordam-se os fundamentos subjacentes ao poder de modificação dos contratos administrativos no contexto da crise económica e financeira, bem como a sua relação com o dever de indemnizar. E, neste contexto, problematizam-se as vias modificativas mais vantajosas e adequadas para a prossecução do interesse público. Assim, questiona-se em que medida a equidade se afigura como a solução mais adequada e favorável para o interesse público, importando, sobretudo, saber se estão reunidos os pressupostos da alteração das circunstâncias, na hipótese de se verificar uma grave crise económico-financeira. Trata-se de um tema clássico, embora filtrado, em tempos de crise, pela análise dos fundamentos do poder de modificação contratual e seus efeitos no dever de indemnizar
Contratos públicos : presente e futuro : Actas das III Jornadas de Direito dos Contratos Públicos : 29 de Setembro a 1 de Outubro de 2021, FDUL de Miguel Assis Raimundo (Org.)NOTA PRÉVIA
PROGRAMA DAS III JORNADAS DE DIREITO DOS CONTRATOS PÚBLICOS
TEXTOS DOS INTERVENIENTES
| A estrutura de governação em matéria de contratos públicos - Fernando Batista
| A contratação pública à prova das alterações climáticas: a viagem do elefante - Carla Amado Gomes / Hong Cheng Leong
| Nota sobre o novo regime jurídico dos contratos de gestão de eficiência energética - Lino Torgal / Rafael Ribeiro
| Anatomia das restrições à participação em procedimentos de formação de contratos públicos - Catarina Paulino Alves
| Crime e castigo: dos crimes que afetam a honorabilidade profissional dos operadores económicos - António Mendes Oliveira
| Self-cleaning e regulação responsiva: como lidar com o cálculo racional do descumprimento das regras legais pelos agentes econômicos? - Ednaldo Silva Ferreira Júnior
| Uma visão panorâmica das principais mudanças nas licitações públicas brasileiras - Flavio Amaral Garcia
| Impacto de la pandemia, recuperación económica y cambios recientes en la legislación de contratos públicos en España - Isabel Gallego Córcoles
| Alguns problemas actuais em matéria de prestação da caução em procedimentos de contratação pública - Marco Caldeira
| Execução coerciva das decisões do contraente público sobre incumprimento e extinção do contrato - Miguel Assis Raimundo
| Novas perspetivas sobre legitimidade e interesse processual para propor ações no âmbito do contencioso pré-contratual urgente - Mário Aroso de Almeida
| A articulação entre decisões dos tribunais administrativos e do Tribunal de Contas em matéria de contratos públicos - José Duarte Coimbra
Código do procedimento administrativo e medidas de modernização administrativa de org. Carla Amado Gomes, Tiago SerrãoProdução científica 2023 : ULFD
Resumo
Nota introdutória à 4.ª edição A tiragem relativa à 3.ª edição da presente publicação, com as alterações decorrentes do Decreto-Lei n.º 11/2023, de 10 de fevereiro, esgotou-se rapidamente. Procede-se à publicação de uma 4.ª edição, que, para além do Código do Procedimento Administrativo, passa a incluir o Decreto-Lei n.º 135/99, de 22 de abril – tantas vezes esquecido – que, na expressão do legislador, determina “medidas de modernização administrativa”. Na verdade, o Código do Procedimento Administrativo não pode ser devidamente analisado e aplicado, se se olvidar a normatividade ínsita a tal Decreto-Lei. Por isso se promove, nesta edição, uma publicação agregada, na expetativa de tornar as “medidas de modernização administrativa” mais próximas dos estudantes e de todos os profissionais que lidam com o Direito Administrativo. - Decreto-Lei n.º 4/2015, de 7 de janeiro - Código do Procedimento Administrativo - Medidas de Modernização Administrativa (Decreto-Lei n.º 135/99, de 22 de abril)
Cota: C02-3126/C
ISBN: 978-972-629-913-4
Data: 2023
Direito administrativo I : roteiro prático, jurisprudência e exames de Maria João Estorninho... [et al.]Bibliografia recomendada na licenciatura em Direito, Direito administrativo, 2º ano
Produção científica 2023 : ULFD
Resumo
"A pandemia de Covid-19 provocou o surgimento de um Direito Administrativo emergencial e de vocação efémera, nascido - em tempos de horror e de incerteza sob o signo da urgência. Qual tsunami, o combate à pandemia provocou ondas sucessivas de pacotes legislativos que foram varrendo os mais variados setores do ordenamento jurídico. No Direito Administrativo, os efeitos são visíveis quer na organização administrativa quer na atividade administrativa quer ainda nos mecanismos de controlo da Administração Pública. Este guia de estudo destina-se aos estudantes de Direito Administrativo I – TAN, disciplina que, sob a minha Regência, tem por objeto o estudo do Direito da Organização Administrativa e cujos objetivos de aprendizagem consistem em compreender os problemas e desafios colocados pela atividade administrativa e suas implicações em termos de orgânica administrativa. Importa, neste 1º semestre de 2023-2024, refletir sobre (algumas) implicações da Covid-19 para o Direito da Organização Administrativa, no quadro dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ONU). Nas aulas de plenário, irei introduzir os treze temas do programa, problematizando sobre as temáticas em causa e deixando pistas de reflexão e de leitura para cada uma delas. Nas aulas práticas, trata-se de assegurar que os estudantes se familiarizam com a Organização Administrativa portuguesa, estudando a principal legislação e a jurisprudência relevante na matéria. Este guia de estudo contém muitas sugestões de trabalhos práticos a realizar. Agradeço à minha equipa docente deste ano letivo de 2023-2024 - as Senhoras Professoras Doutoras Ana Neves e Sandra Lopes Luís e os Senhores Drs. Miguel Arnaud e Alassana Baldé -, a excelente colaboração na atualização deste Guia de Estudo. Votos de bom trabalho!" Maria João Estorninho (Professora Catedrática da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa)
Textos dispersos sobre direito da responsabilidade civil extracontratual das entidades públicas : em especial, por facto da função administrativa de Carla Amado GomesDesde a entrada em vigor do regime da responsabilidade civil extracontratual do Estado e demais entidades públicas — aprovado pela Lei 67/2007, de 31 de Dezembro — que tenho dedicado alguma atenção às questões da responsabilidade civil extracontratual do Estado, mormente no plano da função administrativa. Ao longo de mais de dez anos, tenho escrito sobre o tema, desde artigos a anotações de jurisprudência. Este livro resulta da fusão de dois livros sobre Direito da responsabilidade civil do Estado, o primeiro de 2010, o segundo de 2019. Encontrando-se ambos esgotados, decidi fundi-los num só, aditado de seis novos textos. Desses seis novos textos, dois são em co-autoria com o Mestre Tiago Serrão, amigo dileto e companheiro de muitas aventuras académicas, e resultam de olhares comparativos sobre dois ordenamentos próximos do nacional — cabo-verdiano e angolano — no que tange aos regimes de responsabilidade civil extracontratual da Administração. Outros dois são anotações de jurisprudência. Um quinto resulta de uma intervenção no XV Colóquio luso-espanhol de Direito Administrativo, subordinado ao tema da Responsabilidade patrimonial pública, realizado em Burgos em Outubro de 2022. O sexto e último foi escrito para homenagear o Professor Doutor José Carlos Vieira de Andrade e nele me ocupo da angustiante questão de como tornar mais eficaz o dever de regresso no sistema de responsabilidade civil extracontratual administrativa português. O interesse que o tema suscita, infelizmente não por boas razões, justifica a receptividade do público e é pensando em estudantes e profissionais do foro que promovo esta nova publicação. Espero que os textos continuem a revelar-se úteis, para estudantes e profissionais, e que suscitem novas e melhores reflexões
Introdução ao direito do ambiente de Carla Amado Gomes, Hong Cheng LeongA 5ª edição desta Introdução esgotou há alguns meses. Com prejuízo para o público interessado, apenas agora se dá à estampa a 6ª edição, à beira do início de um novo ano lectivo. A nova edição não responde apenas ao esgotamento da primeira, mas também a outros propósitos, bem mais relevantes: o primeiro reside no facto de ter havido alterações significativas no quadro regulatório de vários diplomas ambientais – para o que interessa mais directamente a esta Introdução, sobretudo no plano da legislação sobre avaliação de impacto ambiental e de licenciamento ambiental de instalações altamente poluentes –, o que tornava imperativa a actualização do texto em conformidade; o segundo prende- se com a necessidade de modernização da obra através da aliança com um outro autor, com outro olhar o qual, sem se afastar da estrutura estabilizada do livro (que já tem mais de uma dezena de anos), a entrelaçou com novas perspectivas, umas vezes mais tópicas (como nos Capítulos III e VI), outras vezes mais disruptivas (veja- se sobretudo o Capítulo IV, mas também o V). O livro foi, portanto, objecto de actualização em face de novas soluções normativas mas também de alterações de sistematização – dentro dos mesmos seis Capítulos. A intenção pedagógica continua a ser a primordial e por isso há uma preocupação de contenção da extensão tendo em mente a adequação a um semestre lectivo (que acaba por ser, na prática, um bimestre). Esta Introdução continua a ser o que sempre pretendeu ser: uma apresentação de uma teoria geral do Direito do Ambiente, com a exposição dos temas fundamentais, mas sem aprofundamentos excessivos – os quais se remetem para textos paralelos – e sem análise da legislação sectorial. Esta lógica, manualística mas certamente reducionista, conta desde 2021 com um apoio imprescindível: o Tratado de Direito do Ambiente, em dois volumes (I - Parte geral; II – Parte especial)1, no qual os leitores mais interessados poderão encontrar maior desenvolvimento das questões sinalizadas nesta Introdução. A cumprir 30 anos de docência, iniciados em Outubro de 1993, a primeira autora vê ainda nesta 6ª edição cumprido mais um desígnio: a prova de que as principais tarefas de um académico são a produção e a transmissão do saber, e também a sementeira de novos talentos para que a investigação continue e se insufle de sangue novo. Depois do doutoramento da Doutora Heloísa Oliveira, co- coordenadora (com a primeira autora) do Tratado de Direito do Ambiente, ter agora a companhia autoral do Mestre Hong Cheng Leong, que criou raízes firmes no estudo do Direito do Ambiente, é muito gratificante. É, pois, com uma intensa sensação de felicidade que a primeira autora vê dois nomes na capa deste livro e dois pensamentos que se entrelaçam numa lógica de aprofundamento da investigação através do debate, sempre duro mas também sempre cordial. Espera- se agora que o livro faça o seu caminho junto do público interessado – que seja útil e inspirador. E agradece- se à AAFDL a confiança da continuação da sua publicação
Cota: C0201-500/E
ISBN: 9789726299011
Data: 2023
A reparação do dano ambiental de Heloísa OliveiraO moderno direito do ambiente continua marcado pelo objetivo preventivo que cunhou as suas origens. A reparação ambiental não tem tido, normativamente e na doutrina, uma perspetiva compreensiva. As meras adaptações de regimes já existentes criaram um cenário incoerente na regulação do dano ambiental; e a doutrina tem analisado os regimes de reparação de danos ambientais quase exclusivamente no quadro dos pressupostos da responsabilidade civil. Não é essa a perspetiva que aqui se adota. Começando por delimitar o que é o ambiente (enquanto bem jurídico legalmente protegido) e o dano ambiental, este estudo dedica-se seguidamente ao dever de reparação ambiental sejam quais forem os seus pressupostos ou fundamento. Uma identificação exaustiva dos deveres de reparação ambiental no direito vigente levou-nos à conclusão de que estes deveres incidem sobre danos muito diversificados (atuais e históricos, difusos e de fonte específica, lícitos e ilícitos) e visam uma reparação integral, efetiva e específica, seja ela ex post ou ex ante. Esta perspetiva global permitiu compreender que os pressupostos e os fundamentos da responsabilidade ambiental são também diversificados, incluindo modelos assentes no princípio do poluidor-pagador (recorrendo à responsabilidade civil ou aos deveres dos operadores no exercício de atividades reguladas), mas também nos deveres do proprietário e nos deveres do Estado de proteção do ambiente e de direitos fundamentais. É neste quadro que, finalmente, se questiona se há um dever geral do Estado de garantia de reparação de danos ambientais, e, com base no direito internacional e no direito constitucional, se sustenta a existência de um princípio da reparação ambiental muito mais abrangente do que resultaria de um sistema reparatório com fundamento no princípio do poluidor-pagador
Cota: C0201-795
ISBN: 9789726297666
Data: 2022
O desenvolvimento sustentável e a sustentabilidade na União Europeia de André Alfar RodriguesHoje, o conceito de sustentabilidade é um tema chave para a competitividade das empresas, cada vez mais importante para as suas estratégias de curto, médio e longo prazo, na medida em que se tornou uma exigência crescente por parte dos seus diversos stakeholders – clientes, investidores, reguladores e colaboradores – e porque contribui para a sua eficiência operativa, gestão de riscos e diferenciação positiva face a concorrentes entre outros stakeholders. É à luz deste enquadramento mais amplo que cobra total sentido a fórmula “ESG” (Environmental, Social and Governance), agora tão em voga e que visa traduzir os valores que devem nortear a atividade dos mais diversos operadores
Cota: C0201-796
ISBN: 978-972-629-750-5
Data: 2022
Direito internacional público e ordem jurídica global do século XXI de Maria Luísa DuarteBibliografia recomendada na licenciatura em Direito, Direito internacional público, 2º ano
Bibliografia recomendada na licenciatura em Direito, Proteção internacional dos direitos da pessoa humana, 4º ano
Bibliografia recomendada no Mestrado em Direito e Ciência Jurídica, Direito internacional da pessoa humana
Produção científica 2023 : ULFD
Direito diplomático e consular de Jaime ValleEncontrando-se esgotada, há algum tempo, a primeira edição desta obra, apresenta-se uma nova edição, que mantém o propósito didático e sintético da anterior, com alguns ajustes e desenvolvimentos, e com a adição de uma secção dedicada ao regime jurídico-internacional do posto consular, permitindo assim o fecho do capítulo relativo à diplomacia bilateral
Cota: C03-2430/1A
ISBN: 9789726298915
Data: 2023
A admissibilidade da legítima defesa preventiva e preemptiva no quadro das Nações Unidas de Zuzanna Maria SadlowskaApresentada originalmente como tese de mestrado em Direito e Prática Jurídica, à faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, 2021
Resumo
A presente dissertação pretende estudar a questão da admissibilidade das figuras de legítima defesa preventiva e preemptiva no quadro da ONU. As referidas figuras não se encontram previstas na CNU mas, por vezes, têm sido utilizadas pelos Estados, causando controvérsias sobre a sua admissibilidade, na medida em que se trata de figuras que preveem a utilização do uso de força de forma antecipada, isto é, antes de um ataque ter iniciado. A discussão em torno destas figuras torna-se particularmente relevante, atendendo ao facto de que a CNU – o instrumento essencial que pretende garantir a paz e segurança internacional – proíbe o uso de força contra os Estados, excepto em casos muito particulares. No entanto, apesar de tal proibição, têm surgido eventos na história em que os Estados procederam ao “primeiro ataque” de forma antecipada. As figuras de legítima defesa preventiva e preemptiva ganharam particular relevo face aos ataques que ocorreram a 11 de Setembro de 2001, tendo os EUA baseado nas mesmas as suas estratégias de defesa nacionais. Deste modo, a presente dissertação consistirá num estudo aprofundado de alguns dos conflitos que tiveram lugar na história e que utilizaram estas figuras como justificação dos seus ataques. Iremos conduzir o leitor por um caminho que começará com a explicação da proibição do uso de força, passará pela análise dos meandros da legítima defesa prevista no artigo 51.º da CNU para, de seguida, iniciarmos a abordagem da legítima defesa preventiva e preemptiva. Falaremos da complexidade das questões terminológicas e apresentaremos as teorias doutrinárias. Bem assim, levantaremos eventuais problemáticas e analisaremos conflitos internacionais cuidadosamente escolhidos e que recorreram à legítima defesa preventiva e legítima defesa preemptiva. Após esta análise esperamos conseguir apresentar as nossas conclusões e responder à seguinte pergunta: será a legítima defesa preventiva e preemptiva admissível no quadro da ONU?
Cota: C03-2438
ISBN: 9789726299516
Data: 2024
Contencioso fronteiriço do mar : direito internacional, constitucional e geografia : Guiné-Bissau e Senegal num estudo de caso de E. Kafft KostaO Professor Kafft Kosta apresenta nesta obra o resultado de uma investigação exaustiva sobre um tema candente e fracturante, cruzamento do Direito Internacional do Mar com o Direito Constitucional e com a Geografia: a delimitação das fronteiras marítimas entre o Senegal e a Guiné-Bissau (questão envolvida em graves controvérsias judiciais e políticas, desde o século XX), objecto do Acordo por Troca de Notas firmado por António Oliveira Salazar e pelo Embaixador francês em Lisboa em 26 de Abril de 1960. A metodologia seguida abeira-se do estudo de caso (embora nesta técnica não se esgote) em que os processos judiciais dessa controvérsia internacional, num Tribunal Arbitral e no Tribunal Internacional de Justiça, são analisados e envolvidos num trabalho de problematização jurídica e histórica que nos remete para os primórdios da colonização portuguesa e francesa, transcorrendo todo o período superveniente até aos dias actuais, marcados por um reacordar tenso do dissídio, à procura de uma solução razoável e pacificadora, sem a qual o risco de paralisia e enfrentamento bélico poderá continuar a pairar
Integração e direito económico europeu de Eduardo Paz FerreiraA passagem das Comunidades Europeias à União Europeia e a criação da União Económica e Monetária, mesmo que envolvendo avanços no domínio político, traduziram-se, sobretudo, na ampliação da problemática económica.
Neste livro, destinado em primeiro lugar aos alunos do segundo ano da licenciatura em Direito, mas que se espera que possa atingir um público bastante mais vasto, optou-se por uma primeira parte sobre a integração europeia, com o desenvolvimento possível para um semestre, à qual se juntaram capítulos sobre as liberdades económicas, a concorrência, os auxílios do Estado, a União Económica e Monetária, a União Bancária e a Fiscalidade Europeia, bem como, nesta segunda edição, sobre os princípios da União, sobre as relações entre o Direito da União e as ordens jurídicas dos Estados membros e sobre o contencioso da União
Cota: C04-1715/A
ISBN: 9789726297598
Data: 2022
Instituto de asilo, antiguidade, contemporaneidade e o futuro de José Noronha RodriguesPoderíamos ter optado por seguir a posição atual e maioritária, orientando esta investigação no sentido de defender uma harmonização das políticas de asilo na União Europeia. Todavia, este não foi nunca o nosso propósito até porque, ao longo desta investigação, tentamos encontrar lacunas, detetar deficiências nos instrumentos jurídicos da UE e/ou injustiças perpetradas pelos Estados-membros, no âmbito do asilo, precisamente para justificar a necessidade de uma uniformização e/ou de uma Política Única de Asilo da União Europeia. Temos noção de que algumas dessas propostas e abordagens de lege ferenda podem ser de difícil concretização, num momento como o presente, em que a ideia de solidariedade pode estar a ser vítima da crise que paira sobre a União Europeia e sobre os seus Estados. No entanto, optamos pelo “es soll sein” e não por “es muss sein”, porque consideramos que o propósito de qualquer monografia no âmbito do Direito Internacional e Europeu não deve limitar-se à análise de uma realidade, mas incluir a apresentação de propostas que contribuam para a sua mudança, especialmente quando o que está em jogo é uma maior e melhor proteção das pessoas que procuram asilo na União Europeia. Para o efeito, apresentamos uma proposta de Regulamento Europeu e advogamos a necessidade de adoção de uma Política Única de Asilo da União Europeia, assente na força motriz do Gabinete Europeu em matéria de Asilo, devendo este estar habilitado legalmente para coordenar, apreciar e decidir todas as questões de asilo na União Europeia
Governação a vários níveis no direito da União Europeia : estudo de caso do Programa Regional "Algarve 2030" de Domingos Soares Farinho, Diogo CaladoProdução científica 2023 : ULFD
Resumo
A Política de Coesão da União Europeia é uma das mais importantes políticas da União e aquela que tem tido maior impacto económico e social em Portugal, sendo particularmente visível para a generalidade da população. Criada em 1988 e abarcando hoje cerca de um terço do seu orçamento, é a principal política de investimento da União Europeia. Em países com regiões menos desenvolvidas, como tem sido o caso de Portugal desde a adesão, a Política de Coesão tornou-se mesmo a principal forma de financiamento do investimento público e uma importante forma de financiamento do investimento privado. O direito da União Europeia no âmbito da Política de Coesão e dos fundos que a alimentam tem vindo a desenvolver um regime jurídico próprio, que permanece, em grande medida, desconhecido para a maioria dos operadores jurídicos. Avultam no seu núcleo dois princípios fundamentais, o princípio da parceria (entre UE e Estados-Membros) e o princípio da governação a vários níveis (ou governação multinível). Estes dois princípios são o objeto do presente estudo pela importância que assumem no direito da União Europeia e no direito nacional, sobretudo nos domínios do direito constitucional e do direito administrativo
Cota: C04-2004
ISBN: 978-972-629-886-1
Data: 2023
Direito da União Europeia : exercícios práticos e elementos de estudo de Maria José Rangel de Mesquita... [et al.]; colab. Miguel Arnaud de Oliveira, Rita CurroA presente publicação, sob a designação de Direito da União Europeia – Exercícios práticos e elementos de estudo, visa servir de apoio ao estudo e ao trabalho a desenvolver pelos Alunos da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa nas aulas práticas da unidade curricular obrigatória de Direito da União Europeia. A publicação integra, em primeiro lugar, um conjunto de exercícios práticos, num total de quarenta e um, respeitantes aos principais grupos temáticos que integram o programa da unidade curricular da nossa regência desde o ano letivo de 2020/2021: por um lado, exercícios originais e sem tópicos de resolução, elaborados pelos co-autores que integram no presente ano letivo e/ou integraram em 2022/2023 a equipa docente da unidade curricular (Mestre Cristina Sousa Machado, Mestre Lis d’Alessi Cisz, Dr. Gustavo de Almeida Neves e Mestre Hong Cheng Leong); e, por outro lado, exercícios com tópicos de resolução que correspondem a casos práticos elaborados pelos vários docentes da equipa para os exames e as frequências da unidade curricular não apenas naqueles dois anos letivos mas também nos precedentes anos letivos de 2020/2021 e 2021/2022 (além dos docentes indicados, também a Dra. Rita Curro em 2020/2021 e o Dr. Miguel Arnaud de Oliveira em 2021/2022 que, por isso, colaboram na publicação) – docentes aos quais se agradece o trabalho desenvolvido na preparação da publicação e, igualmente, toda a colaboração prestada, com elevado espírito de equipa, nos referidos anos letivos. A publicação inclui ainda uma lista de jurisprudência de apoio à resolução dos exercícios práticos, bem como quadros respeitantes à cronologia da integração europeia, quadro síntese do processo legislativo ordinário e lista de sítios na internet pertinentes para o estudo da matéria da unidade curricular. Espera-se que a publicação possa corresponder à finalidade que preside à sua elaboração e, também, possa servir de apoio ao trabalho prático dos demais alunos que estudem o Direito da União Europeia
Cota: C04-2014
ISBN: 9789726299431
Data: 2024
Ciências Jurídicas
Estudos de teoria do direito de Pedro Moniz LopesVol. 2 - 418 p.
Notas de conteúdo
Inclui textos em co-autoria com Raquel Franco e Tiago Fidalgo de Freitas
Resumo
"Volvidos mais de 4 anos sobre a edição do 1.º volume, publica-se agora o 2.º volume dos «Estudos de Teoria do Direito». À imagem daquele, trata-se de um conjunto de textos que versam sobre a matéria da teoria e filosofia do direito, quer com âmbito geral, quer em contexto de conhecimento aplicado. Neste último caso, incide-se particularmente no domínio do direito constitucional, direitos fundamentais e teoria da interpretação. Também à semelhança do que ocorreu com o 1.º volume, a publicação destina-se a dar acesso e suporte escrito a pontos relevantes dos programas das disciplinas a que ultimamente me tenho dedicado e a que me dedicarei no ano seguinte, precisamente a filosofia do direito, os direitos fundamentais e o direito constitucional (mestrado científico)"
A gestação de substituição : uma perspetiva de género de Maria Margarida Silva PereiraO significado da Gestação de Substituição é bem conhecido em geral, mas os seus aspetos jurídicos diferem muito. Em Portugal, temos uma Lei, a Lei n.º 90/2021, de 16 de dezembro, que a admite, mas não temos ainda uma Lei que permita executá-la. De todas as dificuldades e omissões encontradas no enredo, descobre-se a falta de evidência do género, bem como do cumprimento do direito à igualdade de género. Porém, fazer o percurso jurídico da Gestação de Substituição é, sobretudo, atender aos direitos das mulheres, mas também de outros ignorados ou não atendidos em razão do género. A Gestação de Substituição é, no início, um projeto de parentalidade. Mas concluiremos que não se exclui que deva fazer concessões aos direitos humanos de todas as pessoas implicadas: a gestante, os comitentes, as crianças. É possível, que, em certos casos, deva reconhecer-se a multiparentalidade
Cota: D0204-1094
ISBN: 9789726299400
Data: 2024
Estudos de igualdade e família de coord. Margarida Silva Pereira; org. Daniel Vieira LourençoA Pós-Graduação de Direito da Igualdade, que se encontra na 5.ª edição, foi uma ousadia, mas também uma necessidade académica, a cuja concretização se devotaram todos quantos comigo colaboraram e colaboram. A Pós-Graduação em Divórcio, Inventário e Partilha, agora na 2.ª edição, focando temas específicos do Direito da Família, atende, no seu conceito, aos problemas do género, das crianças, do imperativo não discriminatório, como cumpre às investigações de Direito; por inerência, de Direito da Família. Nesta obra, juntamos estudos sobre matérias versadas em ambos os Cursos, oriundos de académicos, bem como de figuras altamente prestigiadas da Magistratura. Apresentamos, assim, o resultado de um forte trabalho de equipa, no qual também os investigadores mais jovens tiveram uma palavra decisiva
Manual prático do consumidor : - o guia essencial de André Alfar RodriguesO presente livro tem um propósito muito simples: o de responder às principais dúvidas dos consumidores. O objetivo é ajudar os consumidores a conhecer os seus direitos e os seus deveres. Relevam-se, a título de exemplo, algumas das questões suscitadas: • Pode haver suspensão de serviços essenciais? • É obrigatória a apresentação de fatura? • O consumidor tem direito a uma indemnização por danos morais? • Quais são os requisitos de conformidade que os bens móveis devem obedecer? • A quem cabe provar o defeito do bem? • Como pode o consumidor resolver o contrato? • A lei prevê a responsabilidade direta do produtor? Estas e outras perguntas encontram resposta neste manual prático, numa linguagem simples, clara e facilmente entendível, que contribui para um maior esclarecimento dos consumidores
As “demais contribuições financeiras a favor das entidades públicas” e a jurisprudência do Tribunal Constitucional de Filipe de Vasconcelos FernandesA presente obra, que dá sequência às investigações do seu autor no domínio dos tributos setoriais, procura oferecer uma proposta de teoria geral para as “demais contribuições financeiras a favor das entidades públicas” objeto de menção no artigo 165.º, n.º1, alínea i) da Constituição da República Portuguesa (CRP), tendo essencialmente por referência a jurisprudência do Tribunal Constitucional (TC), particularmente relevante neste domínio. Trata-se, por isso, de uma obra que assume como ponto de partida uma visão depurativa da jurisprudência constitucional em torno dos principais caracteres das “demais contribuições financeiras a favor das entidades públicas”, albergando os casos em que a ação concretizadora do TC se revela adequada e, bem assim, os casos em que as premissas ou conclusões do referido Tribunal nos pareçam, a este nível, merecedoras de crítica – procurando, como é próprio do espírito universitário, que a sua formulação obedeça a um estilo construtivo e de permanente contributo para a correção de eventuais anomalias interpretativas ou, inclusive, para a necessidade de uma evolução normativa. Em conformidade, a presente obra socorrer-se-á de uma análise, tão exaustiva quanto possível, da jurisprudência do TC em torno das “demais contribuições financeiras a favor das entidades públicas”, com o intuito de formular um conjunto de condições normativas para que a qualificação de um dado tributo com contribuição financeira, mormente por parte do referido Tribunal, possa ocorrer com a ponderação e objetividade requerida por uma categoria cada vez mais relevante no sistema fiscal português
Direito das sociedades cotadas de coord. José Ferreira Gomes; colab. António Garcia Rolo... [et al.]"Em 2018, demos à estampa, juntamente com o Prof. Doutor Diogo Costa Gonçalves, a primeira edição de um Manual de Sociedades Abertas e de Sociedades Cotadas. Tratou- se de um primeiro ensaio, baseado nas lições que vínhamos ministrando ora em cadeiras do curso de Mestrado em Direito e Prática Jurídica, ora em cadeiras optativas do último ano da licenciatura da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. A delimitação do seu objeto foi marcada pela perspetiva de que, sem prejuízo da valiosa doutrina sobre Direito dos valores mobiliários, publicada sobretudo a partir da década de 90 do séc. XX, faltava uma obra sistematizadora que permitisse a compreensão destas matérias a partir da perspetiva das sociedades abertas e das sociedades cotadas. Esta opção de sistematização externa teve, naturalmente, consequências no aprofundamento do sistema interno, com especial destaque para o cruzamento do Direito das sociedades com o Direito dos valores mobiliários. Dentro desta perspetiva, procurámos então oferecer uma exposição direta, didática e acessível, compensando um menor aprofundamento conceptual com uma maior aproximação às necessidades da praxis. II. Desde essa publicação, foi nossa intenção retomar o tema com o desenvolvimento que o mesmo merece. Contudo, o projeto foi durante algum tempo relegado para segundo plano, por força de sucessivos compromissos académicos. Quando o retomámos em 2021 – infelizmente, já sem a colaboração e a alegria contagiante do Prof. Doutor Diogo Costa Gonçalves, dedicado a outros empreendimentos – , ficou claro que a especificidade dos temas envolvidos recomendava um especial equilíbrio entre o desenvolvimento dogmático e a ligação à prática. A lista de autores desta segunda edição reflete isso mesmo. III. O desafio deste projeto é grande. Estamos perante matérias que têm sido objeto de uma constante evolução, em grande medida por impulso do legislador europeu. Exige- se um estudo aprofundado e sistematicamente articulado que ofereça ao intérprete- aplicador coordenadas mais sólidas. Só estas permitem às empresas avaliar o quadro normativo no seu todo e os correspondentes custos de cumprimento, para tomar decisões quanto à sua entrada, manutenção ou eventual saída do mercado, em função da sua concreta ponderação de custos e benefícios. Como ficou patente no relatório da OCDE sobre o mercado nacional – Mobilising Portuguese Capital Markets for Investment and Growth (2020) – os agentes económicos perspetivam o nosso sistema jurídico como excessivamente complexo e oneroso. Foi então recomendada a sua simplificação e modernização. Em coerência, entre outras medidas, a CMVM promoveu, junto do Ministério das Finanças, a reforma do Código dos Valores Mobiliários que viu a luz do dia no final de 2021. Cabe agora à doutrina acompanhar esse esforço e oferecer luzes onde resistam as sombras. IV. A este propósito, é importante recordar que, na Universidade, todos somos anões sobre os ombros de gigantes. O nosso caminho é trilhado sobre aquilo que os nossos mestres nos ensinaram. Os juristas que somos, aquilo que produzimos e aquilo que aos nossos alunos ensinamos devemo- lo, em grande medida, àquilo que em nós semearam. Por isso mesmo, esta obra vai dedicada aos Doutores e Mestres da Faculdade de Direito de Lisboa que, como gigantes, nos precederam na investigação e no ensino do Direito dos valores mobiliários nesta casa: o Prof. Doutor José de Oliveira Ascensão, o Prof. Doutor António Menezes Cordeiro, a Prof. Doutora Paula Costa e Silva, o Mestre Amadeu Ferreira e, last but surely not least, o Mestre Paulo Câmara. Vai também dedicada a duas figuras da Faculdade de Direito de Coimbra. Em primeiro lugar, ao Prof. Doutor João Calvão da Silva, apaixonado também por estas matérias, que nos deixou antes de tempo. Em segundo lugar, à Mestre Gabriela Figueiredo Dias que, enquanto Presidente da CMVM, liderou a mudança de paradigma da regulação mobiliária em Portugal (e, em particular, a reforma do CVM de 2021), e pela mão de quem primeiro nos dedicámos a este universo. V. A fechar, agradecemos a cada um dos autores desta segunda edição pela generosidade não só do seu tempo e da sua dedicação, mas também da sua paciência para connosco discutir tantas questões e para acomodar os nossos sucessivos pedidos, ao longo dos anos que durou esta viagem. Agradecemos ainda à Dra. Catarina Almeida Coelho, Assistente Convidada da Faculdade de Direito de Lisboa, a sua preciosa e inexcedível colaboração na revisão final de todos e cada dos capítulos"
O regime jurídico das aeronaves não tribuladas : drones de Paulo José Casimiro DuarteQuando assumimos a regência da Disciplina de Direito Aéreo no Curso de Mestrado em Direito dos Transportes no ano letivo 2017/2018 confrontámo-nos com um défice considerável de escritos sobre Direito Aéreo em língua portuguesa. À exceção de temas centrais, como a responsabilidade do transportador aéreo de passageiros ou, em termos mais latos, do contrato de transporte, existiam lacunas consideráveis em matérias nucleares da disciplina, nomeadamente em sede de Direito Institucional e, bem assim, em matérias fulcrais para a atividade aeronáutica, como é o caso da assistência em escala, dos acordos de cooperação entre transportadores aéreos ou do seguro aeronáutico. Numa fase inicial do nosso ensino, elaborámos uns tópicos, correspondentes, grosso modo, às matérias versadas nas aulas, as quais foram distribuídas pelos alunos, de modo que dispusessem de um auxiliar no estudo da disciplina. Todavia, uma vez que tivemos o grato prazer de ser um dos coordenadores executivos do III Curso de Pós-Graduação em Direito Aéreo organizado pelo Centro de Investigação de Direito Privado no ano letivo 2018/2019 sob coordenação do Professor Dário Moura Vicente, assegurando o encargo de lecionar algumas das respetivas sessões, e, adicionalmente, termos assumido a orientação de várias dissertações de Mestrado na especialidade de Direito dos Transportes, acabámos por desenvolver uma parte considerável dos conteúdos disponibilizados previamente aos alunos do Curso de Mestrado, desenvolvimentos esses corporizados no escrito que ora se oferece à publicação. Em última análise, este texto é tributário da generosidade e motivação dos alunos do Curso de Mestrado e dos auditores do Curso de Pós-Graduação, que, semanalmente, ora incentivavam o desenvolvimento dos tópicos paulatinamente divulgados, ora indagavam sobre o “para quando?” de um texto sobre Direito Aéreo. Como o próprio título indicia, não é este – nem pretende ser – um Manual de Direito Aéreo, nem, muito menos, um Tratado. Pura e simplesmente, este escrito tem como finalidade precípua efetuar a apresentação da disciplina, assumindo, por conseguinte, uma feição eminentemente de divulgação. Por este motivo, pede-se ao leitor que releve quer o tom de pendor mais descritivo de certos trechos – mormente no Direito Aéreo Institucional –, quer o facto de certas matérias – nomeadamente o regime do transportador de facto, o transporte multimodal ou os seguros aeronáuticos – carecerem de desenvolvimentos ulteriores ou de, em certas áreas, como o fenómeno dos passageiros desordeiros ou o da responsabilidade do produtor de aeronaves não poderem ter sido objeto de estudo neste ensejo. (...)" Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, julho de 2019 Hugo Ramos Alves
As aeronaves não tripuladas, conhecidas comummente como drones, constituem uma nova realidade no seio da aviação civil, enquanto tipologia específica de aeronaves que podem ser utilizadas para os mais diversos fins. Por essa razão, a sua vasta utilização reclamou a necessidade de criar um enquadramento jurídico próprio, suscitando questões respeitantes à utilização do espaço aéreo e à responsabilidade adveniente da sua operação
Cota: D0301-718
ISBN: 978-972-629-770-3
Data: 2022
Manual de direito dos valores mobiliários de André Alfar RodriguesO Direito dos Valores Mobiliários é um ramo jurídico em constante mudança. O seu crescimento dinâmico é um processo natural dos nossos tempos. O desenvolvimento dos meios tecnológicos e a incrementação de novos instrumentos financeiros, bem como o aumento de variados serviços que podem ser prestados por entidades devidamente habilitadas para o efeito, levaram a uma evolução sem paralelo deste ramo jurídico, evolução essa que se mostra ainda mais significativa se a compararmos com outros ramos do Direito. A complexidade e a densidade deste ramo jurídico obriga a um estudo minucioso, e é neste sentido que o presente Manual procura auxiliar o seu leitor. Através da investigação feita, muito vincada pela anterior obra Código dos Valores Mobiliários Anotado e Comentado, o Autor procura, ao mesmo tempo, simplificar o regime e contribuir para construção doutrinária e jurisprudencial dos temas que aqui são tratados
Do processo especial de acompanhamento e maiores : comentário aos artigos 891.º a 904º do Código de Processo Civil de Nuno Andrade PissarraSão objeto de análise, no presente livro, os artigos 878.º a 880.º do Código de Processo Civil de 2013, que disciplinam o processo especial de tutela da personalidade. São ainda feitas breves considerações sobre o que apelidámos de pretensão de personalidade. O conhecimento desta figura permite compreender melhor a tutela judicial dos direitos de personalidade. As providências adequadas a que se referem o artigo 70.º, n.º 2, do Código Civil e o artigo 878.º do Código de Processo Civil são objeto de pretensões de personalidade
Regime de jogo ilícito : anotado e comentado de Hugo Luz dos Santos, José Miguel Figueira; pref. Germano Marques da Silva, José M. Damião da Cunha, André Lamas LeiteO regime de jogo ilícito, aprovado pela Lei n.º 8/96/M, de 22 de Julho, constitui um dos diplomas estruturantes do ordenamento jurídico do jogo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), não apenas pela sua maturidade e repetida aplicabilidade, como também pela sua função dogmática de estabilização contrafáctica das expectativas comunitárias abaladas pela prática de infracções relacionadas com o jogo. Afigura-se uma obra fundamental para todos os operadores judiciários da RAEM, sobretudo num notório contexto de incremento da perseguição deste tipo de criminalidade, bem como do espaço lusófono. Não deixa, igualmente, de assumir-se como um manual de referência para os ordenamentos jurídicos das várias famílias jurídicas que consagram, ou pretendam vir a consagrar, regimes de direito do jogo nas suas disposições normativas. O livro que tenho o gosto de prefaciar, é um trabalho maior, é um trabalho de ciência jurídica, um trabalho que considero de elevado mérito científico." Germano Marques da Silva
Direito internacional privado de Luís de Lima PinheiroVol. 2, Tomo 2 : Direito de conflitos : parte especial : negócio jurídico, obrigações, direitos reais, insolvência direitos de propriedade intelectual, relações de família, sucessões e arbitragem transnacional.-
Reforma da legislação laboral : trabalho digno : conciliação entre a vida profissional e familiar de coord. Maria do Rosário Palma Ramalho, Catarina de Oliveira Carvalho, Joana Nunes VicenteProdução científica 2023 : ULFD
Resumo
Com a publicação do volume XI da colecção ESTUDOS APODIT, dá-se continuidade ao projecto de edição de trabalhos e de divulgação de iniciativas de valia científica e prática sobre temas laborais, que constitui um dos desígnios estatutários da Associação Portuguesa de Direito do Trabalho. A presente obra reúne as palestras proferidas no âmbito de duas conferências organizadas oportunamente pela APODIT sobre a Reforma da Legislação Laboral no âmbito da Agenda do Trabalho Digno – uma conferência realizada em 20 de Janeiro de 2023, na Faculdade de Direito da Universidade do Porto, e uma conferência realizada em 14 de Abril de 2023 na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa – e de uma outra conferência que teve lugar na Escola do Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, em 28 de Abril de 2023, e que versou o tema da Conciliação entre a Vida Profissional e a Vida Familiar. A reforma da legislação laboral, que culminou na publicação da Lei nº 13/2023, de 3 de Abril, é um tópico absolutamente central e incontornável para os juslaboralistas neste momento, pelo que competia à APODIT proceder a uma reflexão séria e aprofundada sobre este tema. Por outro lado, esta reforma incidiu também largamente nas questões da conciliação entre a vida profissional e familiar, o que explica a junção das palestras relativas a esta matéria a este volume. Na obra que agora se edita, são debatidas as várias áreas de incidência da reforma laboral, em perspectiva geral e com desenvolvimentos mais específicos quanto aos temas do sindicalismo e da contratação colectiva, do dever de informação e do período experimental, dos créditos laborais e respectiva irrenunciabilidade, do trabalho doméstico, da actividade de controlo e fiscalização do cumprimento das normas laborais, e dos regimes contributivos. Já o tema da parentalidade e da conciliação entre a vida profissional e a vida familiar inclui o tratamento das alterações introduzidas no regime da parentalidade pela Agenda do Trabalho Digno, e os temas do impacto da Directiva europeia sobre a conciliação na legislação nacional, do regime do trabalhador cuidador e da protecção social na parentalidade. Como tem acontecido na Colecção Estudos APODIT, esta obra resulta dos contributos dos prelectores que intervieram nos vários Seminário sobre os diversos temas. Impõe-se assim um agradecimento a todos, pela generosidade na aceitação do convite para participarem naqueles Encontros e para verterem em texto as suas reflexões sobre o tema, num espaço de tempo muito curto e em benefício de todos os cultores das matérias laborais. Aproveita-se ainda o ensejo desta publicação para reiterar o agradecimento da APODIT às instituições que acolheram estes Seminários e apoiaram a sua realização: a Faculdade de Direito da Universidade do Porto, a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e Centro de Investigação de Direito Privado desta Faculdade, e a Escola do Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa.
Despedimento coletivo : novos e velhos problemas : Seminário APODIT de coord. Maria do Rosário Palma Ramalho, Catarina de Oliveira Carvalho, Joana Nunes Vicente; rev. Guilherme GrilloProdução científica 2024 : ULFD
Resumo
Com a publicação do volume XII da colecção ESTUDOS APODIT, dá-se continuidade ao projecto de edição de trabalhos e de divulgação de iniciativas de valia científica e prática sobre temas laborais, que constitui um dos desígnios estatutários da Associação Portuguesa de Direito do Trabalho. A presente obra reúne as palestras proferidas no âmbito do Seminário internacional organizado pela APODIT, que teve lugar em 12 de Outubro de 2023 e que foi realizada em parceria com o CIDP – Centro de Investigação de Direito Privado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Sob o tema geral do Despedimento Colectivo: novos e velhos problemas, este Seminário combinou o tratamento de temas clássicos desta modalidade de despedimento (como o tema do conceito de despedimento colectivo, o tema dos fundamentos desta modalidade de despedimento, ou o problema do conceito de trabalhador para efeitos do âmbito de aplicação deste despedimento), com matérias mais práticas (como o problema do cômputo dos trabalhadores para efeitos do reconhecimento da existência de um despedimento colectivo, ou o tema dos efeitos da presunção de aceitação do despedimento pelo trabalhador) e ainda com temas que ganharam uma especial acuidade no quadro nacional em função da recente reforma laboral, introduzida pela L. nº 13/2023, de 3 de Abril (como o tema da proibição da remissão abdicativa de créditos laborais ou o tema da proibição do outsourcing subsequente a despedimentos por motivos objectivos). Por outro lado, este Seminário incluiu uma abordagem transnacional da matéria do despedimento colectivo, que decorreu do contributo online de dois conceituados juslaboralistas estrangeiros (o Professor Pietro Ichino, da Universidade de Milão, e o Professor Mark Gaston Pierce, da Georgetown University), devidamente comentado por prelectores portugueses. E contou com relevantes contributos do Direito Social da União Europeia, que foram trazidos à colação pelos prelectores nas matérias relevantes. Como sempre acontece na Colecção Estudos APODIT, esta obra resulta dos contributos dos prelectores que intervieram na Conferência. Impõe-se assim um agradecimento a todos, pela generosidade na aceitação do convite para participarem no evento e para verterem em texto as suas reflexões sobre o tema da respectiva comunicação num espaço de tempo muito curto e em benefício de todos os cultores das matérias laborais
Estudos de direito da arbitragem de Luís de Lima PinheiroOs trabalhos recolhidos na presente obra foram elaborados no período compreendido entre 2006 e 2022, complementando a monografia (Arbitragem Transnacional. A Determinação do Estatuto da Arbitragem) e o manual (Direito Comercial Internacional) em que procedi a um estudo sistemático da arbitragem voluntária. Abrangem a arbitragem interna e a arbitragem transacional, bem como a arbitragem de litígios entre particulares e a arbitragem de investimentos, incluindo novos mecanismos de resolução de litígios com investidores. De entre as fontes consideradas, salientam-se as Leis da Arbitragem Voluntária de 1986 e 2011, a Convenção de Nova Iorque sobre o Reconhecimento e a Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras e o Direito Transnacional da Arbitragem
Manual de sobrevivência do advogado : - noções elementares de André Alfar RodriguesVol. 1: O Manual de Sobrevivência do Advogado – Noções Elementares, Tomo I – Deontologia Profissional, é o primeiro de três obras que têm o principal objetivo de auxiliar os Advogados-Estagiários na preparação do seu exame de Agregação para a Ordem dos Advogados. Face às dificuldades criadas por alterações legislativas que em nada dignificaram esta nobre profissão, e que levou à confusão de muitos na interpretação da lei, esta coleção de livros vem auxiliar o leitor, através de um verdadeiro “estudo acompanhado”, para que todos os interessados possam aprender com o rigor e segurança. No entanto, o nosso objetivo não termina aqui. Cada um dos livros desta coleção terá também o propósito de responder clara e objetivamente às questões jurídicas que surgem no dia-a-dia dos alunos, dos Advogados- Estagiários, dos Advogados e dos Magistrados
Vol. 2 : Manual de Sobrevivência do Advogado – Noções Elementares, Tomo II – Prática Processual Civil, é o segundo de três obras que têm o principal objetivo de auxiliar os Advogados-Estagiários na preparação do seu exame de Agregação para a Ordem dos Advogados. Face às dificuldades criadas por alterações legislativas que em nada dignificaram esta nobre profissão, e que levou à confusão de muitos na interpretação da lei, esta coleção de livros vem auxiliar o leitor, através de um verdadeiro “estudo acompanhado”, para que todos os interessados possam aprender com o rigor e segurança. No entanto, o nosso objetivo não termina aqui. Cada um dos livros desta coleção terá também o propósito de responder clara e objetivamente às questões jurídicas que surgem no dia-a-dia dos alunos, dos Advogados- Estagiários, dos Advogados e dos Magistrados
O Manual de Sobrevivência do Advogado – Noções Elementares, Tomo III – Prática Processual Penal, é o terceiros de três obras que têm o principal objetivo de auxiliar os Advogados-Estagiários na preparação do seu exame de Agregação para a Ordem dos Advogados. Face às dificuldades criadas por alterações legislativas que em nada dignificaram esta nobre profissão, e que levou à confusão de muitos na interpretação da lei, esta coleção de livros vem auxiliar o leitor, através de um verdadeiro “estudo acompanhado”, para que todos os interessados possam aprender com o rigor e segurança. No entanto, o nosso objetivo não termina aqui. Cada um dos livros desta coleção terá também o propósito de responder clara e objetivamente às questões jurídicas que surgem no dia-a-dia dos alunos, dos Advogados- Estagiários, dos Advogados e dos Magistrados
Prof. Doutor Augusto Silva Dias : in memoriam de Catarina Abegão Alves... [et al. ] (org.)Augusto Silva Dias foi um Cientista e Professor notável na área das Ciências Jurídico- Criminais. A sua morte prematura foi uma perda insuperável para o grupo de penalistas da Faculdade de Direito de Lisboa e, em geral, para a Faculdade de Direito de Lisboa, para a Universidade de Lisboa e para o pensamento jurídico contemporâneo.
A sua obra escrita, revelada em múltiplos artigos e monografias, sempre orientados para temas complexos e atuais (desde a relevância jurídico- penal das decisões de consciência, passando pela distinção entre delicta in se e delicta mere prohibita, até à imputação objetiva de negócios de risco à ação de infidelidade), revela uma intensa cultura jurídica e de outras ciências comportamentais, é profundamente construtiva e inovadora e constitui, através da sua derradeira monografia, o último grande contributo para o estudo dos crimes culturalmente motivados